Os 7 elementos do grid no design editorial

Por Davi Denardi
em

Além da classificação das grades também é bem importante conhecer as diferentes áreas que os compõem para que na hora que a gente precise usar um grid, a gente saiba o que significa cada decisão. Para deixar mais fácil usei como base uma proposta de diagramação super bacana do Rodolfo França e do André Serra, que está disponível no Behance deles que eu vou redisponibilizar abaixo.

Diagramação para o especial “Batalhas da Bíblia” publicada na revista Superinteressante.

Margens

O primeiro elemento são as margens. Elas são responsáveis pelo peso da mancha gráfica, ou seja, elas podem fazer com que uma página fique mais leve ou mais pesada dependendo do tamanho e da sua proporção. Uma margem maior e mais generosa resulta em uma mancha gráfica mais leve justamente porque abre mais espaço em branco. As margens mais leves são usadas geralmente em publicações de arte literatura e poesia por exemplo que precisam dessa estética mais suave e delicada.

Já margens mais curtas resultam numa mancha gráfica mais densa e consequentemente uma densidade de informação maior. Geralmente essas manchas mais densas são usadas em produtos de comunicação que precisam de alguma maneira demonstrar maior volume de informação por página, como por exemplo os jornais, as revistas, e os livros mais informativos.

Colunas

As grades são um conjunto de referências espaciais então geralmente elas têm um componente vertical e outro componente horizontal. Assim as colunas são o componente vertical. Elas ajudam a quebrar blocos de texto em pedaços menores e são usadas também para posicionar os elementos elementos da página ao longo do espaço da mancha gráfica.

As colunas podem ser exatamente iguais criar uma espaço mais regular ou podem ter tamanhos diferentes criando mais ritmo visual.

Sendo que as colunas são só uma referência elas podem ser dispostas ou podem ser criadas em volumes em tamanhos maiores do que aqueles que vão ser usados de fato e então por meio da quebra dessas colunas propor um uma diagramação mais dinâmica e flexível.

Linhas horizontais

As linhas horizontais são componentes horizontal das grades elas geralmente são usadas para controlar a profundidade dos elementos de uma diagramação. Assim como as colunas elas podem ser criadas em maior quantidade e depois quebradas ao longo do processo de diagramação.

Calhas

As calhas são os espaços entre um módulo e outro, uma coluna e outra, e uma linha horizontal e outra. Assim como as margens eles podem ser usados para fazer com que a diagramação fique mais leve ou mais pesada por meio da criação de espaços em branco mais ou menos proporcionais.

Módulos

Os módulos são os resultados da intersecção das linhas e colunas de uma grade e são uma importante referência de proporção da grade e da diagramação de um modo geral.

Áreas espaciais

as áreas espaciais são criadas a partir da intersecção ou do uso de mais de um módulo e são de fato elemento de será posicionado os elementos da diagramação. As áreas espaciais podem ser fixas quando o faz parte do projeto gráfico ou pode ser apenas uma referência do processo de diagramação.

Marcadores

Os marcadores são elementos posicionados fora da mancha gráfica e que servem de referência para elementos com paginação título corrente editorias e todos aqueles que não vão fazer parte do conteúdo principal da diagramação.

Resumindo

Para facilitar um pouco a vida na hora de aplicar ou estudar o grid coloquei todos os elementos em uma única imagem.

Os elementos do grid

Pode usar e compartilhar à vontade, só não esquece de citar a gente! 😉

Referência

As principal referência sobre grids no Design Editorial atualmente é a do Timothy Samara, no ótimo “Grid: construção e desconstrução“.

No livro ele fala da importância geral do grid, como construir um bom grid e também opções para quem quer pensar um projeto gráfico sem usar um grid. Vale muito a leitura!

           
sobre o autor Davi Denardi Davi Denardi é pesquisador de design editorial e game design, e professor dos cursos de Design Gráfico, Design Digital e Design de Jogos da Universidade Federal de Pelotas.

Comentários

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Newsletter

    * Campos obigatórios

    Só enviamos e-mails de conteúdos inéditos! ;)

    Outros textos

    Game Design Atalhos indispensáveis do Blender
    Design Editorial A experiência de leitura de revistas
    Game Design Os 3 principais tipos de modelagem 3D
    Game Design O que é modelagem 3D?
    Design Gráfico Os 7 passos de qualquer projeto gráfico